Não tenhamos pressas, mas não percamos tempo. ~ Este é o lema da minha vida, a contar a partir de hoje.
Adormeço todas as noites na tua alma, não no teu colo, quer dizer, nunca mais no teu colo. Já não há corpo presente mas alma, essa, haverá sempre. Ainda me lembro de ti, dos teus olhos cor de céu, daquele céu que vemos quando viajamos de avião e atingimos uma grande altitude: acinzentados, desfocados, aqueles olhos que podem representar um tudo num momento e um nada no outro. Sim, porque tu já foste o tudo e o nada, pai. Agora, agora digamos que és um meio-termo. Agora eu estou diferente, crescida. Já não engulo as tuas suaves desculpas, já não sinto mais doçura que antes captara nas tuas palavras, já só te sinto lá ao longe e ainda assim, te dou valor. Vivemos uma vida de reencontros e perdas, ora estavas cá ora já não estavas mais, a certa altura pensei que teria endoidecido. Mas não, custa dizer mas é verdade - nada será a mesma coisa. Nos meus sonhos procuro-te de novo e não te encontro; vejo-te e não te alcanço. Remexo-me na cama, sentindo-me desconfortável e abro os olhos (molhados de lágrimas), e revejo-me sozinha. Então, ajeito a almofada e viro para o lado contrário da cama e fecho os olhos e sonho de novo.
. The heart may freeze or i...
. But that's alright becaus...
. far away for far too long...
. Strumming my pain with hi...
Patrícia Rodrigues $: